Você ficaria surpreso de saber que planilhas, matemática e cálculos não têm qualquer relação com educação financeira? É isso que defende Reinaldo Domingos, presidente da DSOP Educação Financeira, que contou hoje na Fecomércio, em São Paulo, durante o Congresso Consumidor Moderno de Crédito, Cobrança e Meios de Pagamento (CCMCC), como educa as pessoas no assunto.
Domingos usa a metodologia DSOP (Diagnosticar-Sonhar-Orçar-Poupar) para ensinar um uso melhor e mais eficiente do dinheiro. "As pessoas trabalham apenas para as pagar contas. É preciso sonhar; quem não sonha, vegeta", analisa. Ele explica que a metodologia mexe com os sonhos e a alma das pessoas. "Muita gente acredita que o 'lucro' é resultado de ganhos menos despesas. Está errado: antes de descontar as despesas, é preciso descontar os sonhos. A equação certa é: ganhos menos sonhos menos despesas. Os sonhos vêm primeiro".
Para facilitar o planejamento, Domingos propõe um exercício simples. A pessoa deve anotar, durante 30 dias, todos os seus gastos. Esse é o diagnóstico (o D da metodologia) da sua situação financeira. "Nunca anote mais do que 30 dias. Não fique escravo disso. Só há uma exceção: se tiver ganhos variáveis, as anotações podem se estender até 90 dias".
Em seguida, deve estabelecer três sonhos (este é o S do método): um de curto (até 1 ano), um de médio (de 1 a 10 anos) e um de longo prazos (mais de 10 anos). A partir deles, é preciso orçar (o O) e poupar (o P). "Junte a família, converse sobre os sonhos e defina quais serão os objetivos", ensina. "Depois, veja quanto eles custam e quanto é preciso guardar, por quanto tempo, para realizá-los. Sem isso, os sonhos viram pesadelos", adverte.
Em 2010, o governo lançou o Plano Nacional de Educação Financeira que pretende, até 2015, levar o tema para todas as escolas públicas do país. De olho nesse nicho, Domingos escreve livros sobre o assunto para todas as faixas etárias, começando com crianças de 3 anos de idade. "É um assunto que envolve todas as disciplinas, inclusive - mas não apenas - matemática".
Fonte: Consumidor Moderno
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