sexta-feira, 26 de maio de 2017

Este mapa alucinante explica como tudo na matemática está conectado


Se você não cursou matemática na universidade, provavelmente só tem uma vaga lembrança de coisas como geometria, álgebra e um cara chamado Isósceles.
Logo, você também provavelmente tem dificuldade em entender como coisas como a teoria do caos e a geometria fractal se relacionam com aprendizagem de máquina e todos aqueles números primos loucos.
Mas pode acreditar: tudo na matemática está conectado. É o que nos mostrou Dominic Walliman, um YouTuber que manja muito de fazer mapas incríveis.

Mapa da Matemática

Para navegar no complexo Mapa da Matemática acima, o melhor lugar para se começar é no meio, onde um círculo marrom representa as origens (“Origins”) do interesse humano em como os números explicam nosso universo.

Entendendo o mapa

Infelizmente, só existe a versão em inglês do mapa. Igualmente, para melhor compreendê-lo, o ideal é assistir ao vídeo feito por Walliman, também em inglês. É possível ativar a legenda, sem tradução – mas já ajuda não precisar apenas escutar, mas poder ler o que o YouTuber está dizendo.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Conheça a roda omnidirecional, que leva o veículo para todas as direções

A invenção, batizada de Liddiard Wheels, faz da balisa quase uma tarefa mais fácil do que dirigir normalmente. 
Em entrevista ao portal Inverse, o inventor contou que está trabalhando neste projeto em particular há três anos, apesar de estar pesquisando e fazendo experimentos há oito.
As rodas são alimentadas por quase 11 mil quilos de torque aplicados diretamente a elas, o que lhes dá uma precisão incrível. Elas também podem ser instaladas qualquer veículo de tamanho adequado, tornando mais fácil atualizar seu carro atual, e são projetadas para serem usadas em estradas em qualquer condição climática.


http://hypescience.com/wp-content/uploads/2016/06/roda-unidirecional-carro.gif



Mercado consumidor

Liddiard afirma que não vai desistir até que o produto que inventou chegue ao mercado. “Eu gostaria de ver [as rodas] utilizadas em todos os mercados”, diz. “Começando com manuseio de materiais, robótica móvel, mobilidade pessoal, carros autônomos, entre outros”. Como ele vai chegar lá? “Eu nunca vou parar”, garante. “Em último caso, eu mesmo vou trazê-las ao mercado ou uma empresa apropriada pode comprar os direitos [do projeto]”.
Segundo o Inverse, a roda tem um potencial de mercado incrível devido ao seu design compacto e a possibilidade de ser usada em vários tipos diferentes de veículos. Agora, basta esperar para que a invenção comece a facilitar nossas vidas. [GizmodoInverse]

Fonte: http://hypescience.com

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Proezas dignas da mais avançada ciência feitas por amadores

Normalmente, os avanços científicos requerem anos de trabalho duro e dedicação dos cientistas. Mas, às vezes, tudo o que preciso é um pouco de perseverança, uma completa falta de respeito pela segurança pessoal e uma ajudinha da boa e velha sorte.

10. O escoteiro que construiu um reator nuclear em seu quintal


Em 1994, o escoteiro David Hahn (que tinha recebido uma medalha de mérito por aferição de energia atômica, três anos antes) tentou construir um reator nuclear no galpão de sua mãe. Hahn acreditava que o projeto iria ajudá-lo a se tornar um Escoteiro Águia, e suas realizações incluíram a construção de uma arma de nêutrons, enganar funcionários da Comissão Reguladora Nuclear para que eles lhe fornecessem as informações de que precisava para construir um reator nuclear e a obtenção de elementos radioativos como o rádio e tório.
Em 1998, Hahn foi o tema de um artigo do jornalista Ken Silverstein, intitulado “The Radioactive Boy Scout”. Como Silverstein escreveu: “Ele me contou como usou filtros de café e frascos de picles para lidar com substâncias letais, tais como rádio e ácido nítrico, e ele timidamente divulgou as várias histórias incríveis que empregou para obter os materiais radioativos”.
Após a EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA) descobrir sobre o reator de Hahn, eles fecharam o projeto antes do escoteiro terminá-lo. Até então, o experimento de Hahn tinha sido tão perigosamente irradiado que toda a população da cidade de 40.000 pessoas estava em risco. Implacável, Hahn viria a ser preso em 2007 por roubar 16 detectores de fumaça que ele planejava usar em mais experimentos radioativos.

9. Os traficantes de drogas que construíram um supersubmarino


Durante décadas, traficantes de drogas colombianos tentaram escapar das autoridades norte-americanas em submarinos caseiros. Montados em estaleiros secretos, estes submarinos eram barcos de madeira, incapazes de manobrar como submarinos reais. No entanto, no início de 2000, as agências de inteligência começaram a ouvir rumores de supersubmarinos em pleno funcionamento sendo construídos nas selvas da América do Sul.
Os submarinos eram tão misteriosos que as autoridades dos Estados Unidos começaram a compará-los com o monstro do Lago Ness. Um agente disse: “Nunca vi um antes, nunca apreendi um antes. Mas sabemos que eles estão lá”. Em 2010, a Marinha do Equador foi capaz de capturar um deles. Jay Bergman, alto funcionário da Agência Antidrogas dos Estados Unidos na América do Sul, declarou o submarino “um salto quântico na tecnologia”.
Com 22 metros, o submarino podia armazenar até 9 toneladas de cocaína (um valor de mercado de 250 milhões de dólares) e estava equipado com 249 baterias que o permitiam viajar de forma quase invisível por até 18 horas antes de recarregar.

8. Fotos com qualidade da NASA por menos de 800 dólares


Em 2008, Robert Harrison, um diretor de T.I. de 28 anos e pai de três filhos, foi capaz de captar imagens com qualidade parecida com as da NASA do espaço usando apenas uma câmera Canon digital, um balão meteorológico de hélio e um GPS. O balão, que Harrison chamou de Icarus I, capturou imagens da Terra a partir de mais de 1.600 quilômetros acima da superfície.
O custo total do projeto foi de apenas 747 dólares (no câmbio atual, R$ 2.253). A qualidade das imagens era tão boa que a própria agência espacial norte-americana contactou Harrison para entender como ele foi capaz de realizar esta façanha com o salário de um diretor de T.I. “As pessoas pensam que isso é algo que custa milhões”, disse ele, “mas não é verdade. Você só precisa de um pouco de know-how técnico. Eu não sei nada sobre eletrônica, e o que eu sei, aprendi com a internet”.

7. A estrela do rock que desenvolveu um sistema de defesa antimísseis


Jeff “Skunk” Baxter é bem conhecido dos fãs de música como guitarrista dos Doobie Brothers e um dos membros fundadores do Steely Dan, mas ele agora desfruta de uma segunda carreira como um dos maiores especialistas em contraterrorismo nos EUA. Enquanto estava em turnê, Baxter começou a pesquisar a tecnologia da música, e eventualmente voltou sua atenção a sistemas de armas.
Ele se tornou um autodidata sobre o assunto e até mesmo escreveu um artigo sobre defesa antimíssil. Após os atentados de 11 de setembro de 2001, Baxter foi contatado para fornecer consulta nos Estados Unidos nos esforços de contraterrorismo por causa de seu pensamento original. A congressista Dana Rohrabacher afirmou na época: “Skunk não cresceu no sistema. Ele não foi abatido pelo sistema. Assim, sua própria liberdade de pensamento e sua compreensão visceral da tecnologia contribui muito, e as pessoas sabem disso”. Hoje, o ex-astro do rock preside o Conselho Consultivo do Congresso americano sobre Defesa contra Mísseis e serve como um consultor para empresas como a Northrop Grumman e General Atomics.

6. O estudante da Tanzânia que provou que água quente pode congelar mais rápido do que água fria

O efeito Mpemba (em homenagem a seu fundador, Erasto B. Mpemba) afirma que, em circunstâncias específicas, água quente congela mais rapidamente do que a água fria. Ao fazer sorvete com seus colegas de classe, Mpemba notou que o leite morno congelava mais cedo do que o leite refrigerado. Isso parece absurdo, mas Mpemba não estava sozinho em suas descobertas. Os cientistas, incluindo Aristóteles, Francis Bacon e René Descartes fizeram essa afirmação, mas nenhum foi capaz de prová-la. Mpemba, juntamente com o físico Denis Osbourne, realizou seus próprios experimentos e foi capaz de alcançar resultados que verificaram sua hipótese. Nas últimas décadas, os resultados da Mpemba foram anotados por muitos cientistas, mas ninguém foi capaz de reproduzi-los até 2010, quando James Brownridge, da Universidade Estadual de Nova York (EUA), publicou um estudo detalhando resultados reproduzíveis.
Para reproduzir o efeito Mpemba, Brownridge usou diferentes amostras de água (uma com água destilada, enquanto o outra era água da torneira). Hoje, a comunidade científica continua dividida sobre o efeito Mpemba, devido às circunstâncias muito específicas necessárias para reproduzir o fenômeno.

5. O padre que detém o recorde mundial de mais supernovas descobertas

O sacerdote australiano Robert Evans gosta de olhar para o céu em seu tempo livre, e é muito bom nisso. Evans decorou mais de 1.000 galáxias, de forma que pode verificá-las no céu rapidamente apenas a olho nu. Desde 1981, Evans descobriu mais de 40 supernovas, um recorde mundial. Em seu livro de 2003, “Uma Breve História de Quase Tudo”, Bill Bryson escreveu que a capacidade de Evans para descobrir supernovas era como a capacidade de detectar um único grão colocado em uma mesa cheia de sal com 3 quilômetros de comprimento.
Evans fez a maior parte de suas descobertas não em um telescópio profissional, mas em seu quintal. “Das 40 descobertas visuais”, conta ele, “10 foram encontradas com o meu refletor de 10 polegadas; 18, penso eu, com o meu de 16 polegadas; três com o telescópio de 40 polegadas no Observatório Siding Spring, e o resto com o de 12 polegadas que agora eu uso aqui em casa”.

4. A menina de 10 anos que descobriu uma nova molécula explosiva


Clara Lazen, uma estudante de 10 anos de idade, descobriu acidentalmente um novo explosivo durante sua aula de ciências. Clara estava brincando com bolas de madeira e paus usados ​​para criar modelos de moléculas quando forjou uma molécula utilizando uma combinação de nitrogênio, oxigênio e carbono. Quando ela mostrou o projeto para o professor, Kenneth Boehr, ele concluiu que Clara poderia estar chegando em algum lugar.
Boehr tirou fotografias da molécula e enviou as imagens para o seu amigo Robert Zoellner, professor de química da Universidade Estadual de Humboldt, nos EUA. Depois de fazer algumas observações, Zoellner chegou à conclusão que Clara tinha descoberto uma nova molécula, o tetranitratoxicarbono. A nova molécula, que usa a mesma combinação de átomos que a nitroglicerina, armazena grandes quantidades de energia.
Se sintetizada, pode criar uma poderosa explosão. Como resultado de sua descoberta, Clara, Boehr e Zoellner estão todos listados como coautores em um trabalho de pesquisa sobre a molécula. Zoellner acredita que a descoberta poderia ser de grande importância em um momento em que cientistas continuam procurando novas maneiras de obter energia.

3. O garoto de 12 anos que desenvolveu a sua própria teoria da relatividade


Em 2011, o gênio de 12 anos de idade Jacob Barnett acreditava que tinha encontrado buracos na teoria da relatividade de Einstein. Jacob, que tem um QI de 170, explicou sua teoria da relatividade expandida a sua mãe, Kristine Barnett. Ela, que reprovou em matemática no ensino médio, pediu a seu filho para falar devagar enquanto filmava sua explicação.
Depois que o vídeo foi publicado no YouTube, a teoria de Jacob chamou a atenção de alguns cientistas notáveis. Scott Tremaine, professor do Instituto de Estudos Avançados dos EUA, escreveu: “A teoria em que ele está trabalhando envolve vários dos problemas mais difíceis em astrofísica e física teórica. Qualquer um que resolver estes problema está na fila por um prêmio Nobel”. Logo depois que o vídeo se tornou viral, Jacob estava sendo recrutado para uma bolsa de pesquisa na Universidade de Indiana.

2. O motorista de caminhão que construiu uma bomba atômica


A engenharia reversa é o processo pelo qual os cientistas dão uma olhada em tecnologia existente e, em seguida, constroem uma versão própria sem qualquer um dos planos originais. Militares fazem isso o tempo todo, mas quando um motorista de caminhão sem educação universitária começa a construir uma bomba atômica, a coisa é diferente.
Ao longo de 10 anos, o ex-motorista de caminhão estadunidense John Coster-Mullen analisou imagens e entrevistou mais de 150 cientistas e engenheiros que estiveram envolvidos com o Projeto Manhattan. Os cientistas ajudaram alegremente a saciar as dúvidas do cara tentando desenvolver seu próprio problema nuclear. O resultado foi uma bomba que recebeu “elogios” do Conselho de Defesa Nacional. Ironicamente, o Conselho de Defesa Nacional é formado pelas pessoas pagas para evitar que este tipo de coisa aconteça. Quando perguntado sobre sua realização, Coster-Mullen respondeu: “O segredo da bomba atômica é como elas são fáceis de fazer”.

1. O homem de 85 anos que construiu uma catedral a partir do lixo


Justo Gallego Martinez, um monge espanhol, construiu uma catedral inteira através de materiais recuperados, incluindo tijolos encontrados em fábricas locais. O projeto é vagamente baseado na Catedral de São Pedro, mas também incorpora elementos de design de castelos europeus, igrejas e até mesmo da Casa Branca. Justo não tem projetos formais ou planos de engenharia.
Na verdade, ele não tem nenhum conhecimento de engenharia ou de arquitetura. Depois de se aposentar como agricultor, Justo se tornou um monge beneditino, mas a tuberculose obrigou-o a deixar o mosteiro. Durante este período da doença, Justo orou à Senhora do Pilar (o nome dado à Virgem Maria depois de sua aparição em Zaragoza, Espanha) e prometeu a si mesmo que, se sobrevivesse à doença, iria construir uma igreja dedicada a ela. Depois que se recuperou, Justo não deixou que sua falta de experiência o impedisse de cumprir sua promessa.
Fonte:http://hypescience.com/



sábado, 7 de março de 2015

Google vai criar uma versão do Android para realidade virtual

A Google tem conseguido levar o Android a equipar quase qualquer tipo de plataforma. Criado inicialmente para estar presente nos dispositivos móveis, tem conseguido crescer e tornar-se uma alternativa em campos tão distintos como os smartwatches.
Um notícia agora publicada vem dar conta de que a Google se prepara para levar o Android ainda mais longe, preparando uma versão para ser usada em dispositivos de realidade virtual.

Os dispositivos de realidade virtual estão lentamente a invadir o mercado e podem num futuro muito próximo ser uma área onde todas as empresas querem estar presentes.
Têm surgido ofertas, ainda muito rudimentares e caras, mas que mostram já ao mercado qual vai ser esta tendência e de que forma os utilizadores as vão poder usar.
A Google por norma acompanha estas tendências e tem sempre um lugar de destaque nos seus desenvolvimentos, muitas vezes não na criação destes equipamentos, mas sim na criação dos sistemas que os alimentam e os sustentam.
Não é por isso estranho que o Wall Street Journal esteja a noticiar que a Google tenha já uma vasta equipa de engenheiros a trabalhar numa versão do Android para estes novos equipamentos destinados à realidade virtual.
Ao conseguir criar esta versão a Google volta a marcar presença em sistemas que a concorrência fabrica, mas garantindo uma forma fácil destes fabricantes de criarem os seus dispositivos, preocupando-se apenas com o hardware.


Esta não é uma situação nova e a Google já no passado o fez diversas vezes. A última delas surgiu com o Android Wear, uma versão específica do Android, destinado aos smartwatches.
Mas também já antes a Google tinha conseguido lançar as suas versões de Android, preparada para smartboxes ou para smart TV’s, mas estas versões sem grande aceitação.
Ainda é apenas um rumor esta nova versão que está a ser criada, mas a sua criação parece ser muito provável e até lógica.
Com esta versão a presença da Google neste novo mercado estaria garantida, ao mesmo tempo que dava a qualquer fabricante a possibilidade de ter um sistema operativo construído de raiz para estes sistemas e que poderia dar acesso directo às API’s e a protocolos específicos para esta área.
Mais uma jogada de mestre da Google que se prepara para marcar a sua presença numa nova área em franco crescimento e que tem tudo para ser o futuro.

Fonte: http://pplware.sapo.pt/ Autor:Pedro Simões

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Novo metal é tão hidrofóbico que faz a água saltar como mágica!


Cientistas da Universidade de Rochester, nos EUA, criaram um metal extremamente hidrofóbico. As gotas de água quicam nele como se fossem repelidas por um campo de força mágico. Em vez de usar revestimentos químicos, os pesquisadores usaram lasers para gravar uma nanoestrutura no próprio metal, o que o torna muito mais eficiente que atuais métodos usados para esse fim.

As aplicações podem ser revolucionárias: a partir da construção de superfícies de avião – para evitar o congelamento da água na fuselagem – até panelas anti-aderentes, telefones, computadores, TVs, carros e o que mais possa ser imaginado feito de metal.

Os especialistas também estão pensando em aplicar a técnica para criar sistemas de recolhimento de água 100% eficientes em países subdesenvolvidos e latrinas em áreas onde a água não é abundante o suficiente para permitir uma limpeza eficaz.

Os especialistas também estão pensando em aplicar a técnica para criar sistemas de recolhimento de água 100% eficientes em países subdesenvolvidos e latrinas em áreas onde a água não é abundante o suficiente para permitir uma limpeza eficaz.

Os especialistas também estão pensando em aplicar a técnica para criar sistemas de recolhimento de água 100% eficientes em países subdesenvolvidos e latrinas em áreas onde a água não é abundante o suficiente para permitir uma limpeza eficaz.


Fonte: hypescience

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

O novo ministro da Defesa e as Forças Armadas

UM ESTRANHO NO NINHO

General da Reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva
Ex-comandante da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Escola Marechal Castello Branco)
A escolha de Jaques Wagner para o Ministério da Defesa sinalizou um dos objetivos da Presidente Dilma em relação às Forças Armadas (FA) no seu segundo mandato. O critério foi ideológico, não se pautando pelas exigências do anunciado propósito de conferir capacidade de dissuasão militar extrarregional ao Brasil. Este projeto de longo prazo, para decolar, precisaria de uma liderança com habilitação ou, pelo menos, experiência nos campos da geopolítica e das políticas e estratégias de defesa, qualificações ausentes do currículo do novo ministro.
Assim, uma das suas tarefas será fazer as FA acatarem as recomendações constantes do relatório da Comissão da Verdade (CV) que, em uma jogada de marketing, responsabilizou os presidentes militares e grande parte da cadeia de comando das FA e dos órgãos de inteligência pelas violações cometidas no combate à luta armada. Dessa forma, tentou justificar quase três anos de trabalho remunerado, pois só ampliando a quantidade de pessoas acusadas e explorando a relevância de seus nomes conseguiria conferir apelo midiático ao relatório. Muitos têm esta opinião, pois a investigação facciosa comprometeu a credibilidade da comissão e o resultado dos trabalhos pouco acrescentou à farta bibliografia já existente e conhecida. Acusados e familiares rechaçaram o relatório, mas as FA silenciaram diante do vilipêndio à sua história e à de honrados chefes do passado, atitude lamentada por um imenso universo de militares da ativa e reserva.
O novo ministro, em uma declaração ambígua, disse que as recomendações do relatório da CV serão processadas no Ministério da Defesa[1][1]. Ora, o relatório recomendou que as FA pedissem desculpas à Nação por violações cometidas no combate à luta armada, como se estas fossem uma norma institucional e não desvios em níveis intermediários. E o que dizer do PCB, PCdoB e dezenas de grupos armados revolucionários, cujo propósito era implantar um Estado totalitário socialista e, para isso, empregaram terrorismo, sequestro, tortura e execuções? São os mestres da hipocrisia e falsidade, pois se consideram moralmente autorizados a cometer os mesmos crimes de que acusam seus oponentes, a criar conflitos que enlutam uma sociedade e a liquidar a liberdade e a democracia. Mas a Nação brasileira apoiou o Estado, que os derrotou e lhes concedeu anistia ao invés de promover um banho de sangue, como eles fariam, pois assim foi o desfecho dos conflitos onde o socialismo venceu, a exemplo de suas matrizes soviética, chinesa e cubana. Como é sabido, o PT e seus aliados radicais pretendem que as FA rompam o compromisso com a sua história, tradições e chefes do passado e, também, se empenham em mudar o ensino militar, a fim de inserir a ideologia socialista nos estabelecimentos de ensino castrenses. Além disso, tentam romper a coesão entre a ativa e a reserva militar, procurando emplacar ideias-forças como a de FA ditatoriais do passado em contraposição às FAdemocráticas de hoje e a de uma nova oficialidade democrática, não mais autoritária como a das nefastas FA do passado.
Jaques Wagner, quando governador da Bahia, endossou a mudança do nome de uma escola estadual, de Presidente Médici para Carlos Marighella. Presente à solenidade, elogiou Marighella como sendo “um apaixonado pela liberdade[2][2]”. Convém lembrar uma das pérolas desse apaixonado pela liberdade, escrita no Manual do Guerrilheiro Urbano de sua autoria: “o guerrilheiro urbano tem que se fazer mais agressivo e violento, girando em torno da sabotagem, terrorismo, expropriações, assaltos, sequestros e execuções”. Eis o falso herói dos socialistas, exemplo com que Jaques Wagner pretende inspirar futuras gerações. Qual seria o conceito de liberdade do novo ministro da Defesa?
No discurso de posse, Jaques Wagner declarou: “Sou ministro da Defesa de um projeto político vitorioso --- e as Forças Armadas são parte fundamental deste projeto vitorioso”.  Mas qual é esse projeto político do PT? Trata-se da implantação do regime socialista no Brasil, segundo orientação do Foro de São Paulo e em aliança com a ditadura cubana, governos bolivarianos, partidos e movimentos de esquerda radicais na América Latina, inclusive a narcoguerrilha colombiana. A estratégia adotada é de linha gramcista que prega, de forma subliminar, a substituição de valores morais e éticos tradicionais por antivalores materialistas que enfraquecem a família e eliminam referenciais básicos à paz social. Ela está inserida no Programa Nacional de Direitos Humanos, que preconiza o controle da mídia, dos Poderes Legislativo e Judiciário e de todos os setores da Nação por meio de conselhos aparelhados pelo PT, bem como a neutralização das FA, objetivos intermediários para o partido alcançar a hegemonia na sociedade, imobilizando-a antes da conquista total do poder.
É um projeto incompatível com os valores, a missão e o espírito democrático das FA, além de ter sido amplamente contaminado pela corrupção. O Marechal Castello Branco, exemplo de cidadão e líder militar, assim se manifestou quanto à relação FA - Governo: “Os meios militares nacionais e permanentes não são propriamente para defender programas de Governo, muito menos a sua propaganda, mas para garantir os poderes constitucionais, o seu funcionamento e a aplicação da lei. Se lhes fosse permitida a faculdade de solidarizarem-se com programas, movimentos políticos ou detentores de altos cargos haveria, necessariamente, o direito de também se oporem a uns e a outros[3][3]”.
Tudo o que foi aqui descrito evidencia o desconhecimento da cultura organizacional, da missão e do espírito das FA brasileiras pelo novo ministro. Elas professam valores e têm uma visão de futuro para o Brasil em total dissonância com as crenças e ideais de Jaques Wagner. Ou seja, em termos de coração e mente, ele é um estranho no ninho.